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Longevidade das farmácias


Em longevidade, o segmento magistral é extremamente destacado no país, de acordo com consultores do segmento farmacêutico. O Panorama Setorial Anfarmag 2024 mostra que 63,2% das lojas (27,5% + 35,7%) tem mais de 10 anos de existência, segundo dados da Receita Federal. Em números de 31 de dezembro de 2023, 17,8% (1.547) têm tempo de vida de 0 a 2 anos – um dado importante que mostra o crescimento do setor no período.


Nada menos que 8,7% (759) têm de 3 a 5 anos de funcionamento; 10,4% (903) existem de 6 a 10 anos; 27,5% (2.395) estão ativas entre 11 e 20 anos; e 35,7% (3.107) têm acima de 20 anos.


A idade média das lojas ficou em 16 anos e 11 meses, enquanto a das empresas ficou em 17 anos e 5 meses. Houve uma queda em relação a 2021 - a idade média das lojas era 17 anos e 5 meses e das empresas (matriz) subiu para 19 anos e 2 meses. Isso é ruim? Não. Pelo contrário. “Esse dado é considerado bastante relevante quando comparado à idade média das empresas brasileiras. E essa redução é, claro, outra boa notícia”, afirma Cosmo Rogério de Oliveira, consultor do IBPT.


Pode-se concluir que quando comparada com a idade médias das empresas brasileiras – segundo dados do IBGE de 2021, quase 80% não dura dez anos –, as farmácias magistrais têm uma idade média muito superior, a mais de 70%.

Mas, ao contrário do que se imagina, quanto mais cair ano a ano, melhor. Significa que novas empresas estão entrando no segmento. Se cresce o mercado, portanto, a idade média será reduzida.


Quanto à durabilidade de grande parte das farmácias, Wagner Teixeira, sócio da Höft Consultoria, observa a importância de resgatar a história dos negócios de um comércio que, geralmente, começa por uma iniciativa individual de alguém que acaba empreendendo. “Isso traz uma liderança única, modelo individual de tomada de decisões, ou quando tem sócios escolhidos, funciona como uma orquestra com cada um tocando sua parte e crescimento, com total transparência e diálogo franco.”


No caso de empresas familiares com um ciclo médio de 30 anos, acrescenta Teixeira, a questão principal é cuidar da integração e da formação das novas gerações de forma ampla, com valores transmitidos, critérios claros e regras de funcionamento e relacionamento para dar a continuidade. “Autonomia definida, subordinação e alçada são fundamentais para esse processo”, comenta.


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