2️⃣ Vamos criar o futuro

“O futuro a Deus pertence”, diz o ditado. Famílias empresárias longevas exercitam o pensamento de longo prazo, analisando a possibilidade de transformações e disrupções em seus negócios, com o objetivo de prepará-los para eventos inesperados – tanto para os positivos, quanto para os negativos.
Essa abordagem é o oposto do que a maioria das famílias costuma fazer. Ao invés de reagir a algum evento, as famílias empresárias centenárias se antecipam, prevendo planos de ação a partir de diversos cenários.
O falecimento de um líder, uma disrupção em seu setor, avanços tecnológicos, transformações socioeconômicas: tudo isso influencia o desenvolvimento de uma família empresária e a solidez de seu negócio. A sobrevivência em situações de crise e a captura de oportunidades de crescimento costumam acontecer quando os acionistas estão preparados para agir, norteando seus conselheiros e executivos.
Segundo o estudo, existem três maneiras principais pelas quais as famílias empresárias assumem um papel ativo em criar seu próprio futuro: desenvolvendo uma atitude de projetar cenários para o futuro, evitando a concentração do risco e desenvolvendo a competência do aprendizado constante. Uma postura coletiva, que precisará envolver todos os acionistas. Um bom exemplo é a família empresária De Agostini, também italiana.
Por avaliar o mercado constantemente e desenvolver planos percebendo que o negócio de publicações perderia importância gradualmente, a família estava pronta para diversificar. A criação de um framework para análise de investimentos fez com que 4 critérios tivessem de ser atendidos para que um negócio fosse mantido: baixo nível de risco, exigências razoáveis de capital a ser investido, presença de vantagens competitivas e interesse dos membros familiares no negócio. Com isso, a decisão de sair de algum segmento passou a ser clara, baseada em critérios identificáveis.
Comentários