O colunista Renato Bernhoeft escreve a respeito de diferentes teorias que existem sobre como viver uma vida mais plena.
Após mais de duas décadas do século XXI, a quantidade de novos desafios, além dos anteriores, travestidos de novas roupagens, estão cada dia mais presentes na vida da humanidade.
Vale destacar alguns, como o aumento da longevidade; avanços tecnológicos com a Inteligência Artificial e, especialmente, o recente Chat-GPT; o surgimento de novos modelos familiares; educação dos filhos para a vida; fatores climáticos; guerras; novas abordagens do trabalho impactando tanto a vida profissional como pessoal e, também, com algum destaque, a constante e permanente busca da felicidade.
Para muitos, já está claro que a felicidade não é um estado permanente, mas uma busca constante que pode variar de acordo com vários fatores que afetam nossas vidas. Vejamos alguns estudiosos do tema e suas abordagens:
O estudioso e escritor Dan Buetner menciona três condutas que, segundo ele, são fundamentais para atingir a felicidade: manter uma sensação de prazer o mais constante possível; estabelecer e perseguir alguns propósitos para a vida e, finalmente, o sentimento de orgulho em relação ao estilo de vida.
Segundo o "Relatório Mundial da Felicidade", “a felicidade de um país só começa a aumentar quando os níveis de corrupção diminuem, há boa assistência à saúde, a generosidade é comum, as pessoas se sentem livres para tomar decisões importantes e a cada dia acham mais tempo para se divertir do que para sentir raiva, preocupação ou tristeza.”
De acordo com uma pesquisa do Google, existem mais de 24.187 livros de autoajuda com o título focado na palavra felicidade. O que mostra também uma abordagem duvidosa e comercial do tema.
Outro instrumento de pesquisa internacional foi o método Delphi, que elaborou uma lista de mais de 120 estratégias para promover a felicidade.
A seguir, as dez melhores medidas pessoais para ser mais feliz, segundo o relatório:
1. Priorizar amigos e família;
2. Ser membro de um clube, time ou organização cívica ou religiosa;
3. Aprender a arte da amabilidade;
4. Fazer pelo menos 30 minutos de exercício físico diariamente;
5. Focar na felicidade dos outros;
6. Ter um melhor amigo no trabalho;
7. Monitorar sua saúde;
8. Saborear a vida a cada momento;
9. Esperar futuros acontecimentos positivos;
10. Estabelecer metas significativas e monitorar seu progresso.
Uma pesquisa recente realizada em São Paulo pelo Instituto Cidades, coordenada pelo cientista da felicidade, Jorge Oishi, concluiu que a felicidade é mais encontrada entre os idosos e mais pobres. O estudo destaca ainda que a espiritualidade é o atributo mais decisivo para que paulistas e mulheres se sintam mais felizes que os homens. O levantamento foi feito com 5,7 mil pessoas em onze regiões do estado.
Enfim, vale sempre lembrar que não existe receita para a felicidade. Cada um deve buscar o seu caminho e manter-se alerta. Siga em frente.
matéria publicada no Jornal Valor Econômico em 03/07/23 | https://valor.globo.com/carreira/artigo/o-que-significa-felicidade-afinal.ghtml
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