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COVID ESTÁ PROVOCANDO REPENSAR CARREIRA

Pesquisas indicam menor disposição de indivíduos aceitando cargos de gestão


A cada dia que passa no cenário atual, fortemente influenciado pelos efeitos da Covid e seus desdobramentos, tanto estudiosos do comportamento humano, cientistas e profissionais de maneira geral, sentem os impactos que a mesma vem provocando tanto nos projetos de vida como nos planos de carreira.


Embora um dos primeiros sintomas tenha sido o de se adaptar para continuar trabalhando num cenário de home-office, assunto ainda em debate, pela sua complexidade, muitos outros impactos tem surgido.


E entre os temas mais recentes tem surgido uma discussão, acompanhado de pesquisas, é a recusa de muitos profissionais em aceitar promoções para cargos de chefia.


Uma pesquisa pioneira foi realizada pela plataforma de empregos norte-americana, Career Builder, que com uma amostragem de 3.625 profissionais, apenas 34% buscavam posições de liderança, e apenas 7% ambicionavam um cargo de executivos sênior.


Segundo a professora e pesquisadora do Insper, Tatiana Iwai, “a discussão é geralmente sobre o que é preciso fazer para ascender, mas pouco se fala do que está impedindo as pessoas de quererem essa ascensão”.


Com base em pesquisa realizada com 587 empregados em empresas privadas, no Brasil. Na faixa a partir dos 20 anos e que ocupam funções que permitem candidatar-se a promoção, os mesmos manifestaram duas grandes preocupações em relação a ocupar cargos de chefia.


A primeira sobre estar pronto, do ponto de vista da competência, e o medo de falhar, e a outra sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.


Para o pesquisador Gustavo Tavares, também do Insper,“A vontade de equilibrar os dois lados da vida não é algo novo, mas, de acordo com dados levantados pelo Linkedin, a pandemia intensificou. Entre 1.160 entrevistados o equilíbrio entre o trabalho e vida pessoal apareceu como a principal razão pela qual 49% dos profissionais buscam vagas flexíveis”.


Para o profissional que não quer esse cargo, o primeiro passo, segundo os especialistas, é buscar o autoconhecimento, pro meio de mentorias, capacitação e pelo processo terapêutico.


Olhando na perspectiva das empresas começa a surgir um leque de possibilidades, que começa por oferecer a oportunidade de carreiras em Y.


Um modelo de carreiras que já foi usado ao longo do século XX, quando eram oferecidos ao colaborador a opção de crescer para cargos de gestão, podendo também ascender, alternativamente, para posições técnicas.


Para a gestão a alternativa é focada nas pessoas que tem vontade de liderar, mas ainda não tiveram essa experiência. O outro prioriza na carreira em Y, para quem quer crescer como especialista.


Importante que o especialista saiba que sua posição é vital para o sucesso da empresa e da satisfação pessoal pelo sentimento de contribuição.


Estas informações devem ser analisadas com bastante cuidado e interesse pelos profissionais que estão no mercado. A proposta deste artigo é realizar provocações para que cada um pense como deseja conduzir sua carreira, alinhado com sua vida pessoal/ conjugal/ familiar/ social e espiritual.


Vivemos uma etapa de transformações provocadas tanto pela Covid, como também por eventos de caráter econômico e social que devem se prolongar ainda por vários anos.


Boas reflexões.




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