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DESENHO DE FUTURO

Programa infantil da höft cria oportunidade para o desenvolvimento e a formação das futuras gerações

O maior investimento em capital humano feito pelas famílias empresárias costuma ser com foco em seus colaboradores, e esta tem sido cada vez mais, uma tendência de mercado. Mas considerando que um dos pilares da continuidade da família empresária é o capital humano da família, a höft levanta algumas questões:

• O que está sendo investido neste pilar? • E, em especial nas futuras gerações, aqueles que serão os acionistas e controladores do negócio, na perspectiva da transição? • Como o fortalecimento da continuidade pode ser trabalhado no âmbito da família?

Essas reflexões serviram de ponto de partida para o lançamento do Programa Infantil höft, destinado à novíssima geração de famílias empresárias, com enfoque nas crianças, de 6 a 10 anos de idade. O objetivo do programa é trabalhar aspectos que fortaleçam a continuidade da família empresária. “Muitas vezes, a família vai se preocupar com a formação da próxima geração quando se aproxima a fase de entrada no mercado de trabalho e com a expectativa de entrar na empresa da família. O que na realidade, começou lá atrás, quando a criança observava os pais, os tios, os avós conversarem sobre a empresa. Tudo isso foi permeando a vida dela desde a infância. A nossa ideia foi tratar desse tema de uma maneira estruturada”, explica Renata Bernhoeft, sócia e gestora de conteúdo da höft. O foco do programa é nas crianças, mas envolve também os pais, que participarão em várias atividades. “É um programa para o desenvolvimento da família, não vamos trabalhar as crianças de forma independente dos pais. O propósito é trabalhar também a relação de pais e filhos num ambiente de convivência”, diz Renata. O conteúdo foi montado a partir de características e competências que a höft estabeleceu, ao longo do tempo em conjunto com as famílias, e que se consolidou no ALICERCE, um modelo estruturado que aborda os comportamentos desenvolvidos, adotados por uma família empresária. O alicerce é um acrônimo, onde cada letra é a inicial de uma característica, sendo: Affectio, Liderança, Inclusão, Comunicação, Equilíbrio, Responsabilidade, Confiança e Equipe. “O objetivo é estimular o desenvolvimento dessas características do alicerce na criança, entre elas e na relação entre pais e filhos, tendo como pano de fundo o ambiente da família empresária”, sintetiza Renata. Para acessar o público infantil, a höft se uniu a uma equipe de pedagogos infantil para realizar um trabalho de adequação do conteúdo do ALICERCE à linguagem infantil e hoje conta com o apoio de uma pedagoga para o desenvolvimento do programa. As famílias podem optar por dois formatos. O modelo fechado, chamado de in family, é direcionado a uma família empresária específica. Um diferencial nesse modelo é a possibilidade de também preparar conteúdos customizados, que se desejem reforçar. “Pode existir algum tema que a família queira trabalhar, como a história da família, por exemplo. A metodologia permite montar um conteúdo com essa especificidade para a família”, aponta a consultora. O programa aberto, com turmas formadas por famílias de empresas diferentes, é dividido em quatro módulos, cada qual realizado em um final de semana. “Nos três primeiros são trabalhados os temas do alicerce e no último, uma visão de futuro. A abordagem é fortemente baseada no aspecto lúdico”, conta Wagner Luiz Teixeira, sócio da höft, educador e idealizador do projeto. A cada encontro, pais e filhos farão atividades juntos e separadamente, com apoio pedagógico. “O conteúdo pode ser adaptado para a criança, dentro do contexto dela. Por exemplo, a família pode criar um jogo de tabuleiro e isso dá para a criança uma tarefa, uma responsabilidade”, diz Renata. Outro aspecto contemplado é a oportunidade de ampliar a convivência, de propiciar diálogos entre pais e filhos. Um exemplo é o módulo que prevê uma caça ao tesouro. Os pais escrevem o seu ideal de vida. Quando o filho achar a mensagem, vai conversar sobre o que leu. Atividades dessa natureza propiciam uma interação que nem sempre é possível no dia a dia das famílias. “Às vezes, os pais estão tão empenhados em construir o negócio, que não dá tempo de olhar para os filhos. Têm pouco envolvimento com a educação dos filhos. Ao mesmo tempo, eles precisam ver garantida a transmissão dos valores”, observa Renata. Ela acrescenta que “com a emancipação feminina, tanto a mulher quanto o homem saem de casa e a criança fica sem esse espaço de convivência. E os valores só são transmitidos na convivência”. Outro acordo proposto a todos participantes é o da confidencialidade. “Vamos estabelecer, desde o início, um código de ética com as famílias para tratar os temas com a devida confidencialidade. Como podem surgir conversas muito importantes, é preciso que o ambiente seja protegido”, diz Renata. Os resultados esperados partem do pressuposto de que pais e filhos sairão desta experiência com acordos para colocar em prática, a partir do conhecimento adquirido na vivência. “Pode ser um compromisso que passem a realizar juntos, palavras-chave que passem a ter um significado na relação entre eles ou novas regras que passem a valer para melhorar a relação e a convivência, como a base para a continuidade”, conclui a consultora. •

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