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Grupo JCA | crescimento geográfico de holding de transportes acelera processo de governança


Crescimento geográfico de holding de transportes acelera processo de governança a partir da segunda geração.


Na infância, Alexandre Andrade costumava passar férias em cenários variados. No Rio de Janeiro, podia ser tanto na Região dos Lagos, quanto na serra fluminense. O destino nunca

era aleatório, mas sempre algum destino que proporcionasse experiências relacionadas ao negócio fundado pelo avô, Jelson da Costa Antunes. “Seu Jelson”, como era mais conhecido, foi um empreendedor pioneiro no setor de transportes do país. Portanto, estar em geografias diferentes era algo que cultivava, como parte da essência da família, cujo negócio envolve deslocamentos. “Em todas as férias, a gente ia visitar garagens e rodoviárias”, conta Alexandre. Em uma das fotos de infância, ele está dirigindo um carro de brinquedo no pátio da empresa, com o logotipo da Auto Viação 1001 ao fundo.


Na história da família empresária, a 1001 é considerada a empresa-mãe do atual Grupo JCA, que reúne também, Viação Cometa, Catarinense e Rápido Ribeirão Preto, entre outras. Um conglomerado sobre rodas que começou com um veículo, adquirido aos 18 anos, que Jelson chamava de “meio ônibus”. Atualmente, detém participação minoritária nas Barcas do Rio de Janeiro, além de ter negócios com transporte de carga, turismo e logística.


O crescimento do grupo foi sempre acompanhado pela família. Os membros da segunda geração, Heloísa Antunes Andrade, seu marido Amaury Andrade, pais de Alexandre; e Carlos Otávio Antunes, trabalharam em diversas áreas. A partir de 1993, iniciaram um processo de transição para funções estratégicas, com o desenho e estruturação de um sistema de governança. Após o falecimento de Seu Jelson, em 2006, os familiares iniciaram um novo trabalho e estruturaram o Conselho de Sócios, composto por membros das duas gerações e com o envolvimento dos dois núcleos. São ao todo cinco membros representantes da família, dois da segunda geração e três da terceira. Com a evolução da governança, o órgão passou a contar com a contribuição de dois consultores independentes.


A família ampliou o olhar na perspectiva de investidores, o que resultou em uma nova visão para a empresa, inclusive nas frentes de investimento social, reforçando o Instituto JCA. “Ficou claro que era mais importante haver uma boa preparação para sócios do que estar na execução, sobretudo pelo crescimento geográfico”, explica Alexandre.


Com as duas gerações adultas convivendo, esse foi um período de aprendizado, sobretudo na compreensão do que é a atuação societária. “Os papéis de sócio e gestor até podem se sobrepor, mas jamais devem se confundir”, observa Alexandre. Para tal, os familiares buscaram se desenvolver por diversas vias. “Houve um processo para aprimorar o autoconhecimento, que é fundamental para o desafio de ser sócio. A segunda geração fez cursos específicos, e a terceira teve uma preparação em áreas técnicas, como finanças, por exemplo”, conta.


Para o futuro, Alexandre vislumbra um aumento do uso da tecnologia na prestação de serviços, mas considera que o fator fundamental para a continuidade é manter a proximidade da família com os negócios, sem perder a perspectiva dos valores. “É uma empresa que conecta a vida das pessoas, não pode deixar de ser uma empresa humana”, diz Alexandre.



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